terça-feira, 18 de agosto de 2009

Coisas para não esquecer

Como diria um amigo meu, isso mesmo! Amanhã eu vou ao Morumbi. Vou levar meu filho para ver São Paulo x Fluminense. É um desses capítulos da vida que tenho certeza que nunca esqueceremos. Até porque será a volta do ídolo Rogério Ceni. Ídolo desta geração. Capitão de tantos títulos. Matheus tem camisa do Rogério, luvas do Rogério e chuteiras do Rogério. Sonha em ser jogador de futebol do São Paulo, bate bem na bola. Acho que leva jeito para jogar na meia mas parece que ele quer mesmo é ser goleiro. Brigo com ele e digo que jogando na linha ele tem mais chances mas pelo jeitão vai acabar no gol. Quando comprei o ingresso para o jogo de amanhã lembrei do meu pai e dei risada. É que quando morávamos em Recife, no início da década de 80, ele me levou para ver um jogo de um time pernambucano contra o São Paulo, digo time pernambucano porque até hoje não decidimos se fomos ver São Paulo x Sport na ilha ou São Paulo x Santa Cruz no Arruda, enfim, foi a cartada do meu pai para não me perder como sãopaulino, imagino. Até porque não morávamos mais em São Paulo e eu já estava me acostumando a torcer pelo Náutico.

O jogo contra o 'tal time pernambucano' foi num dia à noite. Nos sentamos na arquibancada. Eu devia ter mais ou menos a idade do meu filho com uma diferença: Não era viciado em futebol como o Matheus. A partida começou e só lembro do Valdir Peres no gol (O André Plihal que não leia isso, ele é fã do Valdir mais ou menos como meu filho é do Rogério). E lembro do Valdir porque ele tomou 3 gols. Perdemos por 3x0. Como estávamos na arquibancada adversária gritamos em todos os gols do 'tal time pernambucano'. Meu pai falava: "Não vamos dar bandeira, pula aí para não descobrirem que somos sãopaulinos". Claro, preocupado com a segurança do filho. Acabei dormindo no meio do jogo e terminei em casa levado no colo do meu pai. Imagino que quando dormi o 'Seu' Gavazzi pensou que tinha perdido o filho sãopaulino. Pudera, três a zero para um menino desta idade é demais. Mas o efeito foi o contrário. Nunca mais me esqueci daquela noite. E tenho certeza que nunca mais esquecerei da noite de amanhã.

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