quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Escrevi sobre 2002 para os 20 anos da ESPN na América Latina. Gostei.





2002 vai ficar marcado pelo sucesso brasileiro no Japão. Sim, foi na terra do sol nascente que o Brasil levantou pela quinta vez a taça de campeão mundial de futebol. Foi no dia 30 de junho, em Yokohama, por volta de dez da noite que o capitão Cafu levantou a copa Fifa. A imagem foi vista por aproximadamente 1,1 bilhão de pessoas e consolidou o Brasil como o maior ganhador de copas da história. Os heróis pentacampeões - Marcos, Lúcio, Edmílson, Roque Júnior, Cafu, Gilberto Silva, Kleberson, Ronaldinho Gaúcho (Juninho), Roberto Carlos, Ronaldo (Denílson), Rivaldo e Luiz Felipe Scolari - estão imortalizados na memória de todo brasileiro.

A conquista da copa de 2002 foi um grito de alegria que estava atravessado na garganta de todo povo brasileiro, que tanto lamentou a perda do Mundial da França, quatro anos antes. Ronaldo, o Fenômeno, foi a estrela da companhia. Ídolo de todo amante de futebol mundo afora, deu a volta por cima. Ele, que havia tido um sério problema horas antes da decisão da Copa de 98 e uma grave lesão no joelho que o deixou por quase um ano fora dos gramados, terminou o mundial com dois gols contra o dito melhor goleiro do mundo, o alemão Oliver Kahn, e a artilharia da competição. Foram oito gols.

A partida pelas quartas-de-final contra a Inglaterra em Shizuoka, dia 21 de junho, deixou claro que o Brasil não estava no Japão a passeio. Hamamatsu, cidade que a seleção ficou concentrada para o jogo, é a maior colônia brasileira do oriente. A participação dos quase 20 mil brazucas que vivem por lá, transformou o cotidiano tranqüilo da cidade num verdadeiro carnaval. Em cada rua, avenida ou elevado se via a bandeira verde amarela. Tinha samba. Tinha o calor de um povo que estava muito longe de casa, com saudade de poder se sentir brasileiro. A vitória por dois a um no temido English Team fez quem estava lá sentir que aquela copa era do Brasil.

Sete jogos. Sete vitórias. Três na primeira fase na Coréia. Quatro na fase final no Japão. Luiz Felipe Scolari, o Felipão, reuniu os jogadores e formou uma família que não era restrita a jogadores ou comissão técnica. Não é costume japonês ter relação próxima com amigos ou vizinhos e os brasileiros que lá vivem se acostumaram com isso. Mas, naquele mês  junho de 2002, os 128 milhões de japoneses se renderam a ginga e a alegria que os 270 mil brasileiros residentes no país levaram para os estádios, para as ruas, praças. O futebol une os povos e alguns times conseguem provocar um estado de euforia difícil de explicar. A seleção pentacampeã no Japão era um desses times. Alguns jornalistas estiveram no Japão. Eu era um deles. Que bom.

Um comentário:

  1. Ta manero o blog eim Denis, show de bola! A e parabens por parar de fumar! E quero ver tu correndo no VAMOS CORRER eim!

    Bruno Borovoy

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